Carta registada ao destinatário.
A ver se acontece algo...
Fui positivamente surpre- endida com as medidas de austeridade que o governo despachou para fazer frente à situação económica actual do país. Acho uma medida sensata! E confesso que, se vivesse em Portugal, não participava na greve, por considarar esta solução correcta - paguem os que mais recebem. Mas qual não foi o meu espanto, ao ler a aprovação ao regime de excepções aos cortes salariais. Mas que politica é esta? Será que em Portugal não há políticos honestos? Será que esta genta não vê a necessitade que há em limpar a sua reputação? Nem para isso já se dão ao luxo, roubar à descarada, sem a mínima preocupação em esconder as manobras do roubanço - com o povo que regem, não é de admirar!
Amigos, vocês já viram o que seria este país sem boys e tio corrupto? Já viram que vidas tristes nós levávamos, se tudo funcionasse nos conformes? Nós, os que nos consideramos intelectuais e altamente perspicazes, capazes de descortinar logo à primeira as manobras corruptas dos governantes, não passamos de cumplíces do regime. Aqueles com a formação necessária, conhecem as leis, por vezes melhor que os azelhas parasitas que nos desgovernam, e em vez de agirem, utilizando os poucos recursos que nos restam para fazer frente à incompetência que constantemente nos persegue, passam o tempo, aqui na blógosfera e noutros sítios do género, escrevendo textos altamente bem elaborados, usando a palavra de forma vaidosa como outros demonstram em punhos bem nutridos um Rolex genuíno. O que nós queremos é pano para mangas! O nosso interesse em mostrar ao mundo o inteligente e perspicaz que somos, é maior que a necessidade que temos em agir para que esta terra seja mais digna para todos. Nós não passamos de uns grandes cagões, armados aos cucos a cagar palavras de dicionário. Crime não só comete aquele que mata! O que vê matar e não intervém, é tão crimininoso como o outro. O que agente gosta é de blá, blá, blá tipo Dum Dum light, daquele que só dá caganeira às moscas, mas não as mata.