segunda-feira, 18 de julho de 2011

Densidade populacional em Portugal - Norte vs. Sul

Estimados,

estou à procura da razão histórica e oficial da diferença da densidade populacional entre o norte e sul de Portugal. Quem sabe? Ficaria muito grata pelo vosso apoio.

Cumprimentos amigos 

M

 

domingo, 5 de junho de 2011

Será...

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que nos livrámos de vez do pinderico?

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sábado, 28 de maio de 2011

O meu joãozinho no meu cantinho creativo - onde é que o PS e o PSD adquiriram a minha direcção?

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Recebi há umas semanas um prospecto do PSD a apelar-me que “Estava na hora de mudar” e uns dias depois, chega-me um do PS com a foto do Engenheiro incentivando-me a “Defender Portugal, construindo o futuro”. Como vivo no estrangeiro e não sou militante de nenhum destes dois partidos, pergunto-me como é que eles adquiriram a minha direcção? Deduzo que esta foi fornecidada a estes dois partidos depois de me ter inscrito no consulado português em Frankfurt em Fevereiro deste ano. Não conheço bem as leis aí em Portugal, mas aqui na Alemanha isto é uma agressão ao direito ao anonimáto. Será que aí em Portugal estes direitos não existem? Será que é legal, as “meninas” do Cosulado Português em Frankfurt andarem a dar as direcções dos parvos inscritos lá no trabalho delas ao PS e PSD? :) Foi troca de favores ou foi só negócio?
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domingo, 22 de maio de 2011

Controvérsias...

"Pôr o Sócrates a gerir os 78 mil milhões
é como promover o Bibi a chefe dos escuteiros"

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Lisboa

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Quem gastou a mais que devolva!

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Entre os anos 2000 a 2009 os Ministérios e Instituições Gerais do Estado gastaram a mais do que estava INICIALMENTE orçamentado - cerca de 89,938 mil milhões de euros. Eis a lista dos membros dos Governos:

António Guterres

Guilherme d' Oliveira Martins

António José Seguro

Jaime Gama

Rui Pena

Nuno Severiano Teixeira

António Costa

Luís Braga da Cruz

Luís Capoulas dos Santos

José Sócrates

Paulo Pedroso

António Correia de Campos

Júlio Pedrosa

Mariano Gago

Augusto Santos Silva

Elisa Ferreira

Alberto Martins

José Lello

Durão Barroso

Nuno Morais Sarmento

José Luís Arnaud

Martins da Cruz

Teresa Patrício Gouveia

Manuela Ferreira Leite

Paulo Portas

Figueiredo Lopes

Celeste Cardona

Carlos Tavares

Sevinate Pinto

Valente de Oliveira

Carmona Rodrigues

Isaltino Morais

Amílcar Theias

Arlindo Cunha

Bagão Félix

Filipe Pereira

David Justino

Pedro Lynce

M. da Graça Carvalho

Pedro Roseta

Santana Lopes

Henrique Chaves

Rui Gomes da Silva

António Monteiro

Daniel Sanches

José Luís Aguiar Branco

Álvaro Barreto

Carlos da Costa Neves

António Mexia

José Luís Arnaut

Fernando Negrão

Luís Filipe Pereira

M. Carmo Costa Seabra

M. João Bustorff Silva

Luís Nobre Guedes

Pedro Silva Pereira

Jorge Lacão

Freitas do Amaral

Luís Amado

Luís Campos e Cunha

Teixeira dos Santos

Nuno Severiano Teixeira

Rui Pereira

Alberto Costa

Manuel Pinho

Jaime Silva

Mário Lino

Francisco Nunes Correia

José Vieira da Silva

Ana Teodoro Jorge

M.ª de Lurdes Rodrigues

Isabel Pires de Lima

Pinto Ribeiro

António Serrano

António Mendonça

Dulce Pássaro

Helena André

Isabel Alçada

Gabriela Canavilhas
 
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domingo, 1 de maio de 2011

Petição por um GOVERNO de INICIATIVA PRESIDENCIAL liderado por MEDINA CARREIRAv

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Leia, assine e D I V U L G U E!!!

Por aqui vai dar à Petição. 

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Exmos Senhores:
Presidente da República,
Grupos Parlamentares com assento no Parlamento,
Cidadãos portugueses patriotas:

1. A situação do País, por via do descalabro das Contas do Estado e não pela aludida "crise internacional", é insustentável.

2. As condições de vida dos portugueses, suas famílias e empresas, por via de mais um abusivo agravamento fiscal (directo e indirecto), pela redução das prestações sociais e pelo corte nas remunerações, têm sido, e serão, substancialmente agravadas em 2011.

3. O actual Governo constitucional tem-se mostrado manifestamente impotente para reduzir o desperdício, ou seja, para não gastar mais do que estava inicialmente orçamentado na Lei do Orçamento de Estado.

4. É condição de credibilidade, nacional e internacional, até para notações mais vantajosas à dívida pública soberana, que um Governo consiga gerir o seu próprio orçamento.
Ora, sucede que (retirando da análise as rubricas 7 - gestão da dívida e da tesouraria pública - 50 - investimentos do plano - 60 - despesas excepcionais - e 70 - recursos próprios comunitários), o Estado Central português gastou a mais do que estava inicialmente orçamentado, nos últimos 4 exercícios orçamentais apurados e sob a governação do actual Primeiro-Ministro (e de acordo com os dados da Direcção-Geral do Orçamento do Ministério das Finanças):

2009 - € 1.308.694.216,67
2008 - € 756.176.201,82
2007 - € 507.637.561,19
2006 - € 200.900.318,32

Total acumulado: € 2.773.408.298,00 (ou seja, aquilo que os "especialistas" chamam de "crise internacional"...).

5. Além da responsabilidade pessoal patrimonial que, num Estado de Direito em condições e digno desse nome, os responsáveis pela gestão orçamental deveriam estar obrigados a ressarcir o erário público (não se percebendo - ? - a inacção do Tribunal de Contas neste aspecto, e, já que gostam sempre de invocar bons exemplos europeus, na boa linha do que aIslândia fez recentemente), por aqui se vê que aquilo que é imposto por via dos PEC's 1, 2 e 3 (Planos para Enganar Cidadãos) nada mais serve do que para "pagar a factura" do que foi gasto a mais.

6. A referência à "crise internacional" é, pois, uma falsa questão. Estamos em crise porque (ainda) temos uma economia que sustenta o desperdício do Estado e impede o desenvolvimento de Portugal, a sua industrialização, desenvolvimento rural, das pescas, dos negócios internacionais e de aproveitamento daquilo que há de melhor em cada português, algo que o sistema de ensino não cuida de assegurar.

7. Um bom Governo não admitiria o acréscimo da despesa pública administrativa, aquela que não gera investimento, muito menos reprodutivo e sustentável. E muito menos o admitiria quem deveria fiscalizar a acção do Governo, em vez de se sujeitar à mordaça da disciplina partidária que transfere a dita Democracia parlamentar para os Gabinetes partidários.

8. Até a própria rubrica 50 - Investimentos ( o célebre PIDDAC) - tem ficado sucessivamente aquém do orçamentado, precisamente para cobrir outros gastos:

2009: -€ 16.417.831,31 (ano de eleições)
2008: -€ 291.917.447,67
2007: -€ 205.218.445,67
2006: -€ 378.689.826,86

Total acumulado de investimento do plano por realizar: -€ 892.243.551.51

Pagamos impostos para que invistam no nosso País e por aqui se vê a aplicação dada. Nem conseguem respeitar o que eles próprios orçamentam.

9. Por outro lado, além destes "lucros cessantes" e danos emergentes" explicitados nos pontos anteriores, verificamos que o aumento da dívida pública nada tem a ver com o investimento, o qual, exceptuando uma pequena inflexão em 2009, foi sucessivamente diminuindo. A dívida pública, na rubrica orçamental 7 do Ministério das Finanças, teve a seguinte evolução:

2009: € 77.179.122.663,13
2008: € 91.157.448.516,39
2007: € 92.098.336.907,96
2006: € 55.657.034.905,88

E se quisermos ir aos anos anteriores:

2005: € 49.311.587.043,54
2004: € 33.068.461.756,40
2003: € 33.437.985.236,00
2002: € 19.264.184.600,00

Desta vez não há o argumento da taxa de inflacção (...).

10. Poucos serão os que acreditam numa idoneidade governativa por parte de quem não consegue controlar a despesa do Estado e apenas vê nos cidadãos (e no endividamento externo) como a solução sucessivamente "milagrosa" para continuar a governar.

11. Não é possível continuar a acreditar e a confiar em Governos que não tenham visão estratégica para Portugal, em Partidos que os sustentam que são incapazes de se auto-regenerarem e, muito menos, em políticos que demonstram total insensibilidade perante quem, como o Povo, sofre as consequências dos seus actos.

12. Urge, por conseguinte e face à actual ausência de alternativas adequadas (inclusive da parte de quem já apoiou PEC's anteriores), nomear e apoiar um Governo de iniciativa presidencial, liderado e integrado por pessoas sérias e credíveis, que coloquem os interesses colectivos acima dos interesses individuais, clientelares ou partidários.

13. O Prof. Medina Carreira (que tem, publica e sucessivamente, alertado os portugueses a respeito desta "situação insustentável", nas palavras de Verão do próprio Presidente da República) reúne as qualidades referidas no ponto anterior para liderar um Governo da iniciativa presidencial.

14. O Prof. Medina Carreira, decerto e no pressuposto de aceitação da nomeação, ora peticionada, deverá providenciar por um Orçamento de Estado mais justo, mais equilibrado, menos oneroso para as famílias e para as empresas portuguesas; deverá contemplar medidas de redução efectiva da despesa pública, do desperdício e de institutos públicos que nenhum valor-acrescentado trazem para o País; deverá dar voz a todos os que queiram contribuir para a inversão deste "rumo" (ausente) que atenta contra a própria soberania de Portugal; e, na sua governação, deverá abster-se de nomear pessoas que, objectiva ou subjectivamente, tenham contribuído para o "descalabro" financeiro do Estado, institutos públicos ou sector público empresarial.

Nessa medida, solicitamos, imediatamente:

A. Um Governo de inicativa presidencial liderado pelo Prof. Medina Carreira, acumulando a pasta das Finanças;

B. O apoio parlamentar dos partidos representados na Assembleia da República, numa clara e inequívoca demonstração de que estão com o Povo português e não ao serviço das suas próprias clientelas e lobbies.

C. O apoio dos Deputados à Assembleia da República que não queiram continuar com o "açaime" da "disciplina partidária", numa clara subversão constitucional ao princípio segundo o qual os Deputados representam o Povo.

D. O apoio do Povo português que não esteja comprometido com este "estado de coisas", o qual, a manter-se, acabará por prejudicar todos e comprometerá o futuro dos nossos filhos e netos.


NOTA FINAL DE CIDADANIA

Caro cidadão patriota,

a) Não basta assinar e confirmar a assinatura no e-mail que recebam do petição pública a seguir à vossa adesão.

b) É necessário mobilizar todas as pessoas para que assinem esta petição, pedindo às mesmas que sejam, também elas, mobilizadoras.

c) É preciso mostrar à "classe política" que esta pouca-vergonha tem que acabar.

d) Portugal e os portugueses precisam da nossa ajuda. Não fique indiferente.

e) Nos vossos comentários sejam pró-activos e, do vosso ponto de vista, indiquem pessoas de seriedade insuspeita que possam ajudar o Prof. Medina Carreira numa governação séria, honesta e credível (para os portugueses e para os "mercados" internacionais)

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Cumps - I

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Notícias do dia

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Portugal tem os políticos que merece, a porcaria de televisão que merece, os ordenados que merece, as estradas que merece e assim por diante - estou convicta que todos têm aquilo que têm não é por acaso - cada qual é responsável pelos seus bens e desdens - tudo à nossa medida, nem mais nem menos. Já deixei de ter pena de de nós. Tive que começar a encarar a situação com o folclorismo necessário, habitual do turista, para evitar a depressão. Tanta mediocrice que até se torna castiço. Foi um prazer acordar hoje com as notícias de topo do dia! Até há pouco, as únicas notícias que por aqui se viam sobre Portugal, eram indirectas: imagens do palerma, nas suas frequentes tentativas de aproximação da Angela para lhe dar abracinhos e umas beijocas, ela visívelmente a evitá-lo sem que o patêgo se apercebesse – não sei qual das duas notícias a mais (des)agradável: ver o lambe-botas pelintra empinocado com fato de luxo atrás da Angela ou a notícia de hoje.

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quarta-feira, 30 de março de 2011

Um antipático contra todos...

Só para que este meu blog não fique aqui só às moscas, publico esta ligação que vos levará a um texto digno de se lido.

Abraços da M

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Zézinho

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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Petição para a discussão em sede parlamentar de medidas de redução da despesa pública

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Não fui eu que iniciei esta petição, nem tampouco conheço os responsáveis. No entanto publico-a no Pimp My Portugal porque a acho interessante e acredito que se a lista de medidas fossem concretizadas, Portugal sairia logo da crise. É lógico que nada disto irá acontecer, infelizmente pura utopia, mas fez bem, de forma bem sintética, ver numa simples lista a verdadeira causa do estado em que nos encontramos.


Vimos pela presente, pedir a discussão urgente das seguintes medidas de redução da despesa pública em sede parlamentar.


Esta petição conta com uma lista com medidas reais que vão permitir ao Estado Português poupar milhões de euros anualmente e foi realizada por um grupo de cidadãos Portugueses que apenas têm em comum estarem preocupados com a situação real do país e quererem contribuir para a resolução de um problema que a todos nos afecta e que pertencem a vários sectores da sociedade civil não devendo ser conotada com nenhuma força política.
 Lista de Medidas a serem apresentadas para discussão

1. Redução de todos os ordenados de cargos políticos para o máximo de dois ordenados mínimos nacionais.

2. Suspensão imediata do subsídio de reintegração de ex-deputados


3. Venda das viaturas excedentes do Estado

4. Suspensão imediata de todas as reformas com cargos políticos que as acumulem com outras reformas
5. Revisão – anulação quando assim se justifique – de todas as PPP (Parcerias Público-Privadas)

6. Suspensão imediata dos cartões de crédito dos gestores de empresas públicas ou revisão dos limites dos mesmos para um ordenado mínimo nacional.

7. Suspensão do subsídio de deslocação de todos os deputados

8. Proibição de viajar em primeira classe para todos os detentores de cargos públicos - com a opção de que se o fizerem paguem de imediato o excedente ao Estado.
9. Eliminar os Governos Civis
 10. Eliminar a atribuição de motoristas (com excepção para o Presidente da República, Primeiro-Ministro, Presidente da Assembleia da República e Presidente do Supremo Tribunal de Justiça)

11. Suspender definitivamente o pagamento de indemnizações compensatórias à RTP
12. Cortar em 50% as despesas com gabinetes de advogados

13. Cortar em 50% as despesas com gabinetes de estudo
14. Gestão eficaz do património do Estado

15. Controlo dos horários de trabalho praticados na Saúde e na Educação

16. Criar um sistema de desempenho eficaz para toda a Função Pública, aplicando as melhores práticas do sector privado.
 17. Privatização imediata da TAP e da RTP

18. Extinção das Fundações sem objecto útil e concreto.

19. Redução das despesas feitas em almoços e jantares oficiais em 60%

20. Revisão do Código do IVA para que não permita injustiças fiscais

21. Reavaliar a função dos 640 Institutos públicos existentes para posterior eliminação dos que não prestam, de facto, qualquer serviço público
22. Suspensão imediata das obras públicas de grande envergadura (TGV, Aeroporto de Lisboa)


23. Eliminação do 13º e 14º mês para toda a classe política.

24. Eliminação em 70% do número de assessores políticos pagos pelo Estado Português


25. Fim dos subsídios atribuídos a Fundações privadas


26. Limitação das reformas do Estado ao mínimo de 70% do salário médio aferido nos últimos 5 anos e a um máximo de €3000 com efeitos imediatos.

27. Proibição total de alterações de design ou estilo aos logotipos, anúncios, bandeiras, Estacionários e outros em todos os institutos públicos, ministérios ou qualquer outra entidade gerida pelo estado.

28. Revisão de todos os alugueres pagos pelo Estado para ocupar edifícios no centro de Lisboa com institutos, Comissões, Gabinetes e outros organismos do Estado.

29. Proibição imediata de qualquer ajuste directo do Estado sem a aprovação do respectivo Ministro da Tutela.

30. Proibição de gastos com festas de aniversário, Natal e outras pelos organismos do Estado.
 
31. Revisão dos custos e eliminação de todos os que envolvam a edição de sites de Organismos do estado por entidades externas.
32. Revisão das clausulas estatutárias dos organismos do estado que obrigam ao pagamento de mais de um ano de indemnização de Administradores.

Para aqueles que queiram assinar podem fazê-lo entrando neste aqui.

Cumprimentos marotos

I

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Vara passa à frente de todos em centro de saúde

Eles, neste exemplo, Armando Vara, confundem Portugal com a sua despensa! É como se Portugal fosse sua propriedade privada!

É esta escumalha que rege Portugal. Reage e não deixes que parvos como estes, encham o papo com aquilo que de todos é... Diz não ao comportamento alarve dos que nos regem!!!! 


Assinar esta petição é um pequeno gesto para todos os portugueses, mas pode ter um resultado significante para cada um de nós! Participa, assina e se possível D I V U L G A ! ! ! !


Obrigada!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Mausoleo Social

Portugal tem demonstrado nos últimos tempos que está a tornar-se num país muito social. Até o cidadão mais normal tem direito a mausoleo. Realmente é triste morrer-se, e ninguém sentir a nossa falta. Somos um país às avessas. Esta anonimidade é um sintoma de países desenvolvidos, dos ditos países ricos. Portugal está lixado - um país pobre com as enfermidades de um país próspero, coitadinhos, quem tem pena de  nós?

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O povo egípcio conseguiu aquilo que nós nunca conseguimos!!!

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Nós cantamos 
"Povo valente,
Nobre Nação",
mas não o somos,
 eles é que o são.
Souberam
dizer NÃO!
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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sinais do tempo

Jornal de Barcelos
27 de Outubro 2010

Por Luís Manuel Cunha

Este povo não presta!

Acabava de entrar o ano de 1872. E o novo ano que chegava interrogava o ano velho. "-Fale-me agora do povo", pedia o novo ano, E o velhor: "É um boi que em Portugal se julga um animal muito livre, porque lhe não montam na anca: e o desgraçado não se lembra da canga!. "-Mas esse povo nunca se revolta?", insistia o ano novo, espantado. E respondia o velho:" "-O povo às vezes tem-se revoltado por conta alheia. Por conta própria, nunca". E uma derradeira questão:"-Em resumo, qual é a sua opinião sobre Portugal?". E a resposta lapidar do ano velho: "-Um país geralmente corrompido, em que aqueles mesmos que sofrem não se indignam por sofrer."

Este diálogo deve-se a Eça que escreveu sobre o Portugal de então: "-O povo paga e reza. Paga para ter ministros que não governam, deputados que não legislam (...) e padres que rezam contra ele. (...) Paga tudo, paga para tudo. E em recompensa, dão-lhe uma farsa." Estávamos, repito, em 1872.

Estamos obviamente a falar do povo português. Esta "raça abjecta" congenitamente incapaz de que falava Oliveira martins. Este povo cretinizado, obtuso, que se arrasta submisso, sem um lamento, sem um queixume, sem um gesto de insubmissão, tão pouco de indignação e muito menos de revolta. Um povo que se deixa conduzir passivamente por mentirosos compulsivos como Sócrates ou Passos Coelho ou por inutilidades ignorantes como Cavaco Silva, não merece mais que um gesto de comiseração e de desdém. é vê-los nas televisões, por exemplo. Filas e filas de gente acomodada, cabisbaixa, servil, absurdamente resignada, a pagar as estradas que a charlatanice dos políticos tinha jurado "que se pagavam a si mesmas"! Sem qualquer tipo de pejo e com indisfarçável escárnio, o Estado obriga-os a longas filas de espera para conseguirem comprar e pagar o aparelho que lhes vai possibilitar a única forma de pagar as portagens que essa corja de aldrabões agora no poder, se lembrou de inventar! E eles passam a noite inteira à espera, se preciso for. E lá vão depois, bovinamente, de chapéu na mão, a mendigar a senha redentora que lhes dará o "privilégio de serem esbulhados electrónicamente pelo Estado". Um povo assim não presta, não passa de uma amálgama amorfa de cobardes. Porque, se esta gentinha "os tivesse no sítio", recusar-se-ia massivamente a pagar as portagens. E isso seria o suficiente para os planos governamentais ruíssem como um castelo de cartas. Mas não. Esta gente come e cala. Leva porrada e agradece. E a escumalha de madíocres que detém o poder, rejubila e escarnece desta populaça amodorrada e crassa que paga o que eles quiserem quando e como eles o definirem. Sem um espirro de protesto, sem um acto de revolta violenta, se preciso for. Pelo contrário. Paga tudo, paga para tudo. Sem rebuço dóceis, de chapéu na maão, agradecidos e reverentes, como o poder tanto gosta. E demonstram-no publicamente, disso fazendo gala. Como eu vi, envergonhado, a imagem de um homenzinho ostentando um sorriso destentado e exibindo perante as câmaras da TV o aparelhinho que acabar de pagar, como se tivesse ganho a medalha olímpica.

Esta multidão anestesiada espelha claramente o país que somos e que, irremediavelmente, continuaremos a ser - um país estúpido, pequeno e desgraçado. O "sítio" de que falava Eça, a "piolheira" a que se referia o rei D. Carlos. "Governado" pelas palavras "sábias" de Alípio Severo, o Conde de Abranhos, essa extraordinariamente actual criação queirosiana, que reflecte bem o segredo das democracias constitucionais. Dizia o Conde: "Eu, que sou governo, fraco mais hábil, dou aparentemente a soberania ao povo. Mas como a falta de educação o mantém na imbecilidade e o adormecimente da consciência o amolece na indiferença, faço-o exercer essa soberania em meu proveito..." Nem mais. Eis aqui o segredo da governação. A ilustração perfeita com que o rei D. Carlos nos definia há mais de um século: "Um país de bananas governado por sacanas". Ontem como hoje. O verdadeiro esplendor de Portugal.

Jornal de Barcelos
27 de Outubro 2010

Por Luís Manuel Cunha

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Ensino primário manifesta

Quem me ajuda? Porque é que o ensino privado protesta?

Um obrigada já pelas respostas.

Cumps - M

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Crónica Social constipada - A arte em criar palavras em Portugal.

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Fala-se da vida de Pimpona Jardim, mostrando ao público o sítio onde ela comprou o último modelo Manolo Blahnik. Escreve-se sobre o cirurgião plástico que puxa as peles soltas das bochechas de Lili Caneças, para depois chamarem a este espectáculo, Jornalismo Social. Portugal esqueceu-se certamente do verdadeiro significado da palavra social. Quem escreve e descreve estes luxos (ou lixos?), num país onde a maioria recebe ordenados de miséria, não pode chamar a este fenómeno, social. Julgo que associal ficaria muito melhor. A meu parecer, a única razão plausível que justifica a escolha do termo  "Imprensa Social", só pode ter tido origem num mal entendido. Será que se traduziu o termo (High) Society com a palavra Social"? Alguém sabe o porquê da escolha destas palavras?

Com o termo "Constipação" também se foi muito creativo. Em todos os outros países europeus ocidentais que utilizam a palavra "constipación" ou "constipation" usam-na para expressar uma indisposiçãozinha muito específica. Enquando nós sentimos este mau estar no nariz e garganta, os outros sentem-na noutro sítio.

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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Portugal forever

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“Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.

Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro.

Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País.

A justiça ao arbítrio da política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.

Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar.”


Guerra Junqueiro, 1896.

P.S.: Obrigado James, já procurava este texto há muito tempo. Finalmente!
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domingo, 2 de janeiro de 2011

Requisitos de uma petição

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O objectivo de uma petição reside numa proposta de mudança ou de concretização de algo pelo Estado.


Para que o Parlamento a discuta em plenário são necessárias 4 mil assinaturas mas bastam apenas mil para que ela seja publicada pela Assembleia da República. É um direito universal, consagrado pela Constituição Portuguesa, e regulamentado pela lei, que pode ser exercido por qualquer pessoa a partir do próximo dia 12 em todas as delegações e na sede do Correio da Manhã.
E já agora aproveito outra vez para chamar a atenção desta petição. E aqui podes assinar. Peço aos amigos e visitantes deste espaço, que ainda não assinaram, que participem e divulguem. Obrigada!
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sábado, 1 de janeiro de 2011

Homens honestos

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Esta canalhada só é honesta quando está na oposição!! Se fossem eles a mandar o panorama era o mesmo, só com pinturas de fundo diferentes. Portugal estás desgraçado.

Sou apartidária, ando farta destes gatunos "de todas as cores". O único objectivo é roubar o otario. A mim já não me roubam há muito, e nunca me irao roubar. Os únicos neste mundo capazes de me tirarem a última migalha da boca são os meus filhos, e nunca chulos como os políticos portugueses. A unidade que mede a qualidade do trabalho de um político é a qualidade de vida do cidadão, e não os privilégios que para si açambarcam - pelos vistos eles são péssimos profissionais. Ide cavar batatas.

Canalhas!

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O melhor possível para 2011

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